Escrito durante a Segunda Guerra Mundial (e deixado incompleto devido à execução do autor pela Gestapo em 1944), esta obra é um clássico da metodologia histórica que redefine a prática da História como ciência.
Principais teses:
A História como “ciência dos homens no tempo”: Rejeita o positivismo, defendendo que fatos só ganham significado quando interpretados em seu contexto humano.
Crítica à idolatria de documentos: Propõe que até mitos e erros são fontes válidas, reveladoras de mentalidades.
Uso de métodos comparativos: Como analisar sociedades feudais através de vocabulários medievais.
Conceitos-chave:
“Anacronismo”: O pecado capital do historiador (julgar o passado com valores atuais).
“Testemunho involuntário”: O que as fontes revelam além da intenção de quem as produziu.
Legado:
▶ Fundamentou a Escola dos Annales (história das mentalidades).
▶ Influenciou pensadores como Fernand Braudel.